O valor das nossas ações


Você faz o que faz por você ou pelos outros? Porque neste último caso, esperar como recompensa o reconhecimento é se pôr duplamente dependente de quem mal sabe o que move você a fazer o que faz: ficamos esperando não só que nossa ação seja reconhecida, mas também damos ao outro o poder de dizer quando nossa ação é ou não valorosa. O juízo que o outro faz de nós é pura elaboração teórica, no melhor dos casos uma dedução a partir de casos semelhantes. Mas dificilmente há dois casos em tão profundo nível de semelhança que nos permita condenar ou louvar em geral uma ação em face de seu agente. Agir em vista de si mesmo é quase um requisito para a força da personalidade. Os fracos se apoiam nas opiniões que lhes confirmariam o que só eles deveriam saber. Pois só quem sabe o que vai no coração é a própria consciência - e Deus, que neste caso é quase dizer a mesma coisa.

Comentários

Mais lidas